Falar de “Halloween” não é algo que você consegue fazer rapidamente, e os amantes de cinema sabem disso. Um dos pioneiros do gênero slasher, ou provavelmente seja o criador desse derivado de filmes de terror. Aonde um psicopata sai matando aleatoriamente sem razão alguma. E se você destrinchar o filme original de  1978 verá que este filme é uma obra prima de gênero e dos clássicos de cinema de todos os tempos, pois tudo o que compunha o longa, para sua época, o faz ser genial por assim dizer. Se você nunca assistiu, fica o mais saudoso convite aqui.

Vamos lá! Para quem já conhece a franquia sabe que este não é o primeiro filme, na verdade existem 10 filme sendo esse de 2018 0 décimo primeiro. A franquia tem poucos acertos na verdade, pois a partir do momento em que você tenta enxugar uma franquia com um único propósito (dinheiro), ela acaba perdendo a essência e perdendo qualidade, e isso não só em terror, mas qualquer gênero de filme. “Halloween” é ótimo com seu original e seu segundo longa, que mais é uma sequência interrompida do primeiro, consegue manter a qualidade, coisa que não podemos dizer dos demais.

John Carpenter juntamente com Debra Hill criaram e produziram esse fenômeno de filme. Moustapha Akkad foi o produtor da maioria destes filmes e até foi homenageado neste último de agora. Mas vamos falar deste que está para ser lançado. O filme, acima de tudo, respeitou muito o original, seja com os atores, ou com pequenos detalhes do primeiro filme, a máscara e até mesmo com a trilha sonora abrindo o longa com a tipografia praticamente igual a primeira. Isso gera nostalgia automática em sua cabeça, o que faz acreditar que o filme será bom. E este longa ignorou todos os outros, exceto o primeiro, passando-se 40 anos depois, aonde a personagem principal, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) agora já é avó e tem uma relação um tanto quanto perturbada com sua filha e neta, pois vive isolada em uma pequena casa absurdamente reforçada de armamento e segurança, preparando-se para reencontrar com Michael Myers novamente.

No filme ele sendo transferido de uma prisão para outra aonde passaria o resto de seus dias, obviamente algo dá errado e por aí você já imagina o que ocorre. Com respeito a estética, nada a reclamar, a roupa de mecânico e a máscara utilizados estão bem fiéis ao original e te convence, mas o que talvez incomode para alguns assim como para mim, foi o fato de em algumas cenas, o assassino aparentar seu muito alto, mas enfim, sua presença impõe. E a partir de sua fuga ele sai aleatoriamente matando pessoas até chegar em Laurie, e talvez aí chegue a parte interessante do personagem principal. Michael é um assassino totalmente perturbado, que matou sua própria irmã quando tinha 6 anos, e desde então, não demonstra emoções e não fala nada. Você não entende as razões dele para matar, e o que ele sente ou se tem algo que esteja engatilhado dentro dele. Essa é a opinião do dr. Sartain (Haluk Bilginer) que é o médico atual de Meyers e que acaba se mostrando algo mais do que aparenta, se você prestar atenção no início do longa, vai entender o que eu estou dizendo lá pelo 3 ato do filme.

O roteiro do filme é bom, e todos foram que quase unânimes quando saíram da cabine de imprensa, o filme era realmente bom, e sim, ele está longe de ser ruim. Entretanto, de modo pessoal o longa não me agradou por conter cenas absurdamente clichês de terror, coisas que não preciso descrever, pois todos estão cansados de ver. Mas isso é algo que para muitos não incomoda, assim que não fará diferença para o público geral. E como falado no início, o filme respeita muito o original, sendo levado a atualidade com várias características dos dias atuais e comparação com aquele de 78, um exemplo é os adolescentes em festas, ou pensando em sexo em casa, sozinhos, aonde expõe claramente o que irá ocorrer com eles.

O primeiro longa é ‘lento’ entretanto não é. Calma que eu explico, se você assistir ao clássico hoje pensará que ele demora muito para se desenrolar, mas isso ocorre porquê hoje estamos acostumados com rapidez em filmes e queremos que tudo ocorra com um ritmo mais rápido, mas o original está contando uma história, que deve ser ‘apreciada’ com seu tempo. E assim como o primeiro, este segue um ritmo natural dos eventos. E outra vez, assim como o primeiro, este possui muita tensão, e as mortes são violentas, mas nada muito excruciante, com exceção de uma quase lá pelo final aonde simplesmente forçaram demais. Em resumo, este longa de 2018 acabou surpreendendo por entregar algo de qualidade aos fãs, respeitando o clássico original, mesmo com a direção de outra pessoa (David Gordon Green) e até mesmo com a volta de Nick Castle como Meyers original do de 78. E assim como os outros, o filme sempre deia uma brecha para …um outro filme?

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