Eu tenho uma relação de amor e ódio com filmes de terror, pois ao mesmo tempo que eu gosto de ver, me desaponto com filmes fracos que não agregam nada ou mal assustam. O bem da verdade é que é um gênero dificílimo de se trabalhar. Uma das razões é pela época em que vivemos, aonde já vimos de tudo e nossa mente já está cauterizada com cenas de horror, suspense, etc. Assim que para lhe tirar um pouco de medo acaba sendo algo mais difícil. Claro que isso varia muito de pessoa para pessoa. Pessoalmente me sinto desconfortável com o sobrenatural, é algo que me assusta com mais força. Sem contar que filmes de terror se espelham muito na ‘fórmula’, ou seja, histórias clichês e pequenas ações próprias do gênero, como por exemplo os famosos jump scare, que não podem faltar.

Cemitério Maldito” é um remake do primeiro lançado em 1989. Assim passado 30 anos desde o original, este se compromete (ou tenta) ser mais assustador que o primeiro. Acredito que o longa original tende a ser mais aterrorizante pela época em que passou. Hoje, como disse, estamos acostumados com esse tipo de filme. Ele começa mostrando uma família se mudando da correria de Boston, para uma cidade menor, mas com costumes escondidos. Eles compram um casa, adivinhem aonde! Isso mesmo, próximo a uma pequena floresta. O elenco conta com 2 atores famosos que um deles é o pai (Jason Clarke) e John Lithgow, que acaba sendo o vizinho da família.

A história propriamente começa quando o gato da família morre, e próximo de sua casa, existe um cemitério de animais. Próximo, existe uma barreira, e além dela há uma região que visualmente falando é ridícula pois parece uma outra dimensão, e enterrando qualquer ser ali, ele volta a vida. E isso é o que ocorre com o gato da família, mas ele não voltou o mesmo. Está agressivo, mal e com o aspecto grotesco e sempre sujo, como se sua personalidade fosse má agora. Juntamente a isso, a aura de tenebrosidade aura no filme, pois o pai que é médico viu um estudante, mesmo morto falar com ele sobre não levar nenhum ser morto além da barreira, e a esposa não fica longe pois possui uma própria história de terror aonde sua irmã, quando pequena morta por um acidente, continua assombrando ela. A casa conta conta com clichês, como por exemplo um sótão e um telhado que range e com aberturas pela casa.

O longa possui vários jump scares muito previsíveis o tempo todo, o que não lhe ocasiona nenhum tipo de susto. A atuação até que é aceitável, tirando a mãe que tende a sempre por uma aura de desconfiança em tudo. O clímax chega quando a filha mais velha morre em um acidente de carro (aqui trocada já que no primeiro filme, quem morre é o filho menor). O pai, sabendo do poder daquela terra, decide, mesmo com o aviso de seu vizinho, levar a menina até lá. A criança volta, mas totalmente diferente, com uma pele mais pálida e olhos e cabelo mais escuros. A menina não é mais a mesma e quando a mãe volta para a casa e vê sua filha ali, ela não a aceita de volta. A partir daí o terror começa com cenas de morte e por aí vai. O final é, sem sombra de dúvida, pesado sem final feliz. Mostrando que a família se condenou a partir do momento que o pai ressuscitou a filha.

Não assisti ao primeiro filme, mas no que se trata desse, não me agradou em nada. Mas como disse, esse é um gênero que varia de pessoa para pessoa. Muitos aspectos foram forçados e que automaticamente seu cérebro não aceita. Assim fica difícil digerir a história sendo contada a você. Por mais macabra que seja, um filme de terror que não possui uma boa direção, nem o timming para sustos, dificilmente irá lhe agradar. Infelizmente para mim, este longa não nada mais do que um filme a mais de terror que não faz nada de extraordinário e se torna medíocre em sua essência, sendo somente, ‘assistível’, e uma vez está mais que ótimo.

Cemitério Maldito estréia dia 9 de maio.

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