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Quem nunca sofreu por amor ou ficou naquela ansiedade em querer falar para certo alguém o quanto gosta dela? Tudo isso e mais um tanto, é o que Daniel Radcliffe tem que carregar nas costas em “Será Que?“, uma comédia romântica que tem um lado de fofura e outro bastante incomum.

CineOrna | Será Que? PÔSTER

Wallace (Radcliffe) sofre pelo término do namoro com sua última namorada devido a situações constrangedoras, vivendo no sótão da casa de sua irmã e sobrinho. Quando resolve ir a uma festa do seu mulherengo amigo Allan (Adam Driver), acaba conhecendo a meiga (e um pouco atrapalhada) Chantry, vivida por Zoe Kazan. Depois de muito papo e afinidade, as chances do rapaz de ter encontrado um novo amor murcham quando a moça revela ter namorado, além do fato de morarem juntos há cinco anos. Apesar de constantes relutâncias, o destino acaba pregando peças em Wallace e Chantry, aproximando-os cada vez mais e mostrando que cada um tem o essencial do que o(a) outro(a) precisa no momento. Incentivos dos amigos não faltam, mas o ex-estudante de Medicina precisa vencer os empecilhos que arma para si mesmo, sem contar no dilema de Chantry entre ficar com Ben (Rafe Spall), o bem sucedido e ausente namorado, ou aquele rapaz fracassado, mas divertido.

Adaptado da peça “Toothpaste And Cigars“, “Será Que?” se apresenta com um roteiro bastante desbocado e suficientemente engraçado, muito embora repita cenas/locações que se tornam enfadonhas (em especial, aquelas em que Wallace sobe no telhado da casa para ficar mexendo em seu iPhone) e que dificilmente entrega seus pontos, recheando seus atos com mais e mais incidentes, passando a sensação de que o filme demora mais do que seus 98 minutos. Pra quem espera que o título seja mais um da leva de filmes fofos que despontaram nos últimos tempos, pode se assustar com seu número considerável de insinuações de sexo e algumas descrições nojentas sobre a morte de Elvis Presley.

CineOrna | Será Que? FOTO

Daniel Radcliffe está pouco preocupado em se desvencilhar de seu mais famoso personagem, tanto é que, com a exceção dos óculos e da cicatriz, parece vestir o mesmo figurino dos dois “Harry Potter e as Relíquias da Morte“, e as habituais trapalhadas amorosas em que o jovem bruxo se metia também são importadas para Wallace. Ainda que seu papel seja parecido com aquele vivido em “Fraces Ha“, Adam Driver se mostra um ator promissor a cada novo trabalho, e é dele os momentos mais divertidos do título. Longe de passar uma ideia asquerosa do amor, mas sim o retrato de uma geração que já não se mede em falar o que pensa, “Será Que?” mostra as tentativas do amor em se embrenhar entre tantas ambições e oportunidades na vida profissional e/ou acadêmica – e há um bom espaço para a “fofura” e um desfecho bem amarrado.

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Crítica 01 | “Será Que?”  por Gabriel Lisboa

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