Quem diria que em pleno ano de 2012, um filme em preto e branco, e mudo seria um dos filmes mais aclamados pela critica e mais esperado pelo público?

Isso sim que eu considero um soco no estômago de quem diz que o cinema só sobreviverá com a alta tecnologia em filmes de 3D, 4D e que venha o 1.000D! Se a história não ajudar, as atuações não emocionarem e a parte técnica não ressaltar tudo isso, de que adianta a tecnologia?

“O Artista” chegou aos cinemas brasileiros, com o peso de ser um dos favoritos a levar a estatueta do Oscar para casa.

O filme se passa na Hollywood de 1927 e conta a história do astro de cinema George Valentin, que, enquanto se preocupa com o futuro de sua carreira com a chegada do cinema falado, se apaixona por Peppy Miller, uma jovem dançarina que busca o sucesso.

“O Artista” mostra a crise que alguns atores e atrizes viveram durante a transição do cinema mudo para o falado já que alguns não tinham “vozes” para atuar! Após centenas de espectadores abandonarem a sessão no início, vários cinemas da Inglaterra tiveram que colocar um aviso de que o filme era mudo.

Todas as sequências de dança foram realizadas pelos próprios atores através de ensaios pesados. Jean Dujardin e Bérénice Bejo ensaiaram a dança principal por cinco meses. Durante as filmagens, o ator Jean Dujardin morou em uma casa isolada em Hollywood Hills, construída em 1930.

O filme é dirigido pelo francês Michel Hazanavicius. E em algumas cenas quem rouba a atenção é o cachorrinho Jack, que foi interpretado por três Terriers; Uggie, Dash e Dude. Os três cães foram pintados antes do início das filmagens, para ficarem idênticos.

Mesmo aqueles que não são fãs desse estilo de filme vão adorá-lo!