“O filme é realmente uma homenagem para Martin Scorsese. Eu era muito jovem quando vi “Taxi Driver” e “Mean Streets” e eu sou um mega fã do mestre.”Luc Besson

 

Foi em uma de suas entrevistas para divulgar “A Família” que Luc Besson, diretor de “O Quinto Elemento”, deu detalhes sobre a intenção de dirigir seu mais novo filme. Experiente em longas de ação, escrevendo thrillers para Hollywood nos últimos anos, o realizador resolveu explorar as figuras icônicas de seu elenco – Robert De Niro e Michelle Pfeiffer – para mesclar o humor nostálgico de filmes gângster e das situações de uma família desajustada tentando viver normalmente.

 

Revival dos clássicos de Martin Scorsese ao lado de Robert De Niro, “A Família”, baseado no romance “Malevita” de Tonino Benacquista, conta os relatos de um mafioso (De Niro), que após deletar sua “família” da máfia, acaba num programa de proteção a testemunha, comandado por Tommy Lee Jones, e que, ao lado de sua esposa (Michelle Pfeiffer) e dos dois filhos (Dianna Agron, da série “Glee”, e John D’Leo), tenta recomeçar uma nova vida longe das tentações do crime. Obviamente, as tentativas são frustradas. E Luc Besson, que não é bobo e sabe muito bem onde deve ou não apostar quanto material cômico, utiliza dessas vertentes que cercam seu protagonista para criar com genialidade um filme de humor inofensivo e realmente divertido, que se desenvolve conjunto ao brilhantismo estético de toda a ação formulaica que o diretor vem construindo ao longo dos anos. Além, é claro, de prestar uma homenagem singela a um dos gêneros mais clássicos do cinema moderno.

 

 

Fazendo piada de si mesmo e tirando proveito da violência como uma forma de desconstrução da seriedade que adjacente o gênero, “A Família” é a evidência de um cinema que se usa, em toda sua beleza visual, apenas como descontração de todo o discurso fílmico e que almeja apenas trazer ao espectador uma momentânea experiência nostálgica – principalmente para quem conhece o trabalho de Scorsese –, deixando o riso e a honestidade, transmitida através das imagens, fazerem o restante do trabalho por si só. É o puro prazer do cinema em ser cinema. 

 

Crítica:

01 | “A Família por Gabriel Lisboa

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